segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Por que é importante viver a psicomotricidade? Parte 2

           

        As atividades psicomotoras precisam acontecer e devem ser organizadas: ter início, meio e fim, num local apropriado e com os materiais necessários; o professor precisa promover estes momentos com objetivos e assumir uma postura de observador para que possa interferir no processo de desenvolvimento. Como afirma Oliveira (1997), muitos professores, preocupados com o ensino das primeiras letras, e não sabendo como resolver as dificuldades apresentadas por seus alunos, várias vezes os encaminham para as diversas clínicas especializadas que os rotulam como “doentes”, incapazes ou preguiçosos. Na realidade, muitas dessas dificuldades poderiam ser resolvidas dentro da própria escola.
            É preciso também levar em consideração as emoções, como enfatizou Wallon, que tem papel preponderante no desenvolvimento da pessoa. É por meio delas que o aluno exterioriza seus desejos e suas vontades. Como incentiva Cury (2003, p. 71), estimule seus alunos a abrir as janelas da mente, a ter ousadia para pensar, questionar, debater, romper paradigmas.

         Enfim, é importante viver a Psicomotricidade na escola, na clínica, na empresa etc., pois os benefícios são muitos. Na ludicidade, jogo, leitura, dança, música etc., o indivíduo irá explorar o espaço em que se encontra, confrontar com as diferenças, reformular conceitos, fazer ligações afetivas, reconhecer seu corpo e o do outro e daí por diante. Conforme, Lapierre (1986), a educação psicomotora tem por objetivo não só a descoberta do seu próprio corpo e capacidade de execução do movimento, mas ainda a descoberta do outro e do meio ambiente, utilizando melhor suas capacidades psíquicas, facilitando a aquisição de aprendizagens posteriores.


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