quarta-feira, 3 de junho de 2015

REFLEXÃO



 “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana seja apenas outra alma humana.” (Carl G. Jung)

 A psicopedagogia, segundo Fagali (2008) surgiu como uma necessidade de compreender os problemas de aprendizagem, refletindo sobre as questões relacionadas ao desenvolvimento cognitivo, psicomotor e afetivo, implícitas nas situações de aprendizagem.
A Psicopedagogia vem atender uma demanda: as dificuldades de aprendizagem, em todos os níveis.
Não há dúvidas que, a competência é um elemento primordial para o sucesso do trabalho. Por isso, o profissional psicopedagogo precisa ter o respaldo teórico; precisa conhecer as leis, os regimentos, regras, e etc., para tomar decisões amparadas por lei, pela ética e pelos fundamentos teóricos.
Diante disso, o psicopedagogo tem os parâmetros para analisar e avaliar cada caso, e assim, direcionar as suas ações respeitando o ritmo e a vivência de cada indivíduo.
Todavia, o psicopedagogo, insisto, deve buscar a capacitação, conhecer as teorias de aprendizagem, metodologias ou técnicas e estudar muito, a fim de entender sobre afetividade, cognição e mundo inconsciente. Também precisa acreditar e não perder o seu objetivo. É preciso olhar o outro como um desafio.
O Psicopedagogo trabalha diretamente com questões ligadas à afetividade e à cognição. Por isso, torna-se necessário buscar estes saberes para desempenhar o seu papel. Jean Piajet reconheceu a importância do afeto no desenvolvimento intelectual, mas Wallon se aprofundou mais nesta questão, afirmando que a criança é essencialmente emocional. Mas, para que haja o desenvolvimento cognitivo é preciso saber quando o indivíduo está pronto para aprender.
No entanto, diante das técnicas, leis, teorias e saberes adquiridos, o psicopedagogo precisa compreender que cada indivíduo é único e especial; que precisa de cuidados específicos, ser ouvido e respeitado.
O Psicopedagogo é o profissional da aprendizagem; precisa observar o tempo todo,  ter sensibilidade e toda uma dinâmica para alcançar aquele indivíduo em suas necessidades. É preciso criar vínculo, valorizar, levar o indivíduo a pensar, a querer aprender e a querer fazer as atividades.
Entendo que as técnicas, métodos entre outros suportes são essenciais para o desenvolvimento do atendimento, mas o olhar, o sentir, o falar, o escutar, o sorrir, o chorar também faz parte do percurso do trabalho e não pode ser ignorado.
O profissional precisa ser sensível e usar de bom senso para percorrer cada etapa junto com o cliente, e a partir daí fazer as conexões de tudo o que foi realizado para construir a hipótese. 
(Minha pequena e simples reflexão sobre  o pensamento acima de Carl G. Jung)

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