“Conheça todas as teorias, domine todas
as técnicas, mas ao tocar uma alma humana seja apenas outra alma humana.” (Carl
G. Jung)
A psicopedagogia, segundo Fagali (2008) surgiu como uma
necessidade de compreender os problemas de aprendizagem, refletindo sobre as
questões relacionadas ao desenvolvimento cognitivo, psicomotor e afetivo,
implícitas nas situações de aprendizagem.
A Psicopedagogia vem atender uma demanda: as dificuldades
de aprendizagem, em todos os níveis.
Não há dúvidas que, a competência é um elemento
primordial para o sucesso do trabalho. Por isso, o profissional psicopedagogo
precisa ter o respaldo teórico; precisa conhecer as leis, os regimentos, regras,
e etc., para tomar decisões amparadas por lei, pela ética e pelos fundamentos
teóricos.
Diante disso, o psicopedagogo tem os parâmetros para
analisar e avaliar cada caso, e assim, direcionar as suas ações respeitando o
ritmo e a vivência de cada indivíduo.
Todavia, o psicopedagogo, insisto, deve buscar a
capacitação, conhecer as teorias de aprendizagem, metodologias ou técnicas e
estudar muito, a fim de entender sobre afetividade, cognição e mundo
inconsciente. Também precisa acreditar e não perder o seu objetivo. É preciso
olhar o outro como um desafio.
O Psicopedagogo trabalha
diretamente com questões ligadas à afetividade e à cognição. Por isso, torna-se
necessário buscar estes saberes para desempenhar o seu papel. Jean Piajet
reconheceu a importância do afeto no desenvolvimento intelectual, mas Wallon se
aprofundou mais nesta questão, afirmando que a criança é essencialmente
emocional. Mas, para que haja o desenvolvimento cognitivo é preciso
saber quando o indivíduo está pronto para aprender.
No
entanto, diante das técnicas, leis, teorias e saberes adquiridos, o
psicopedagogo precisa compreender que cada indivíduo é único e especial; que
precisa de cuidados específicos, ser ouvido e respeitado.
O
Psicopedagogo é o profissional da aprendizagem; precisa observar o tempo todo, ter sensibilidade e toda uma dinâmica para
alcançar aquele indivíduo em suas necessidades. É preciso criar vínculo,
valorizar, levar o indivíduo a pensar, a querer aprender e a querer fazer as
atividades.
Entendo que as técnicas, métodos entre outros suportes
são essenciais para o desenvolvimento do atendimento, mas o olhar, o sentir, o
falar, o escutar, o sorrir, o chorar também faz parte do percurso do trabalho e
não pode ser ignorado.
O profissional precisa ser sensível e usar de bom senso
para percorrer cada etapa junto com o cliente, e a partir daí fazer as conexões
de tudo o que foi realizado para construir a hipótese.
(Minha pequena e simples reflexão sobre o pensamento acima de Carl
G. Jung)
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