terça-feira, 21 de abril de 2015

Divisão do Córtex Cerebral em Lobos



    
    O cérebro é constituído de vários circuitos neuronais, denominados sistemas funcionais e os lóbulos respondem por funções diversas como: sensibilidade, motricidade, percepção, memória, linguagem, pensamento, raciocínio lógico e matemático, atenção, emoção entre outras, que precisam ser estimulados.
    Sem dúvida, um grande desafio é vencer a preguiça em todos os sentidos: a preguiça de exercícios físicos, de enfrentar novos desafios, de ler e assim, exercitar intelectualmente o cérebro, etc. É preciso cuidar bem do cérebro. 
 

       Conhecer o cérebro é formidável! E este saber é uma ferramenta importantíssima para o bom desempenho de qualquer profissional, especialmente, para o educador que lida o tempo todo com o conhecimento e atua nas transformações neurobiológicas que levam à aprendizagem.





Bilhões de neurônios num único cérebro humano




 

         Dr. John J. Ratey, professor-adjunto da Escola Médica de Harvard, no livro “O Cérebro – Um guia para o usuário”, afirma: “Não surpreende que a linguagem sobre o cérebro seja complexa, pois o cérebro constitui o mais complexo objeto em todo o universo. Há uma centena de bilhões de neurônios num único cérebro humano e um número cerca de dez vezes maior de outras células que não executam funções computacionais. Cada um desses neurônios está conectado a outros por projeções que lembram ramificações arborescentes conhecidas como axônios e dendritos, a maioria dos quais termina em minúsculas estruturas chamadas sinapses. As sinapses são atualmente o objeto de muitas pesquisas em curso sobre o cérebro, pois acredita-se que a maior parte da aprendizagem e do desenvolvimento ocorre no cérebro através do processo de fortalecimento ou enfraquecimento dessas conexões. Cada um da nossa centena de bilhões de neurônios pode ter qualquer quantidade entre 1 e 10.000 conexões sinápticas com outros neurônios. Isso significa que o número teórico de diferentes padrões de conexões possíveis num único cérebro é de cerca de 40 000 000 000 000 000 – 40 quatrilhões.” (p.18.

A PLASTICIDADE DO CÉREBRO



AS MONJAS DE MANKATO


     “A PLASTICIDADE DO CÉREBRO não só ajuda na recuperação, mas pode desempenhar um papel na prevenção de doenças cerebrais. Para ter prova disso, basta visitar a escola do mosteiro das irmãs de Notre Dame, na remota Mankato, Minnesota. Muitas freiras têm mais de 90 anos e um número surpreendente chega aos 100; em média, vivem muito mais do que as pessoas em geral. (...)

     Instigadas por sua crença em que “mente desocupada é oficina do diabo”, as monjas desafiavam-se obstinadamente com testes de conhecimentos vocabulares, quebra-cabeças e debates sobre cuidados com a saúde. Realizavam seminários semanais sobre acontecimentos correntes e escreviam com frequência em seus diários. A irmã Marcella Zachman, tema de uma reportagem na revista Life em 1994, só parou de dar aulas na escola do mosteiro quando completou 97 anos. A irmã Mary Esther Boor, também apresentada na Life, ainda trabalhava na recepção aos 99 anos.
     Snowdon, que examinou mais de 100 cérebros de monjas mortas, (...) apurou que as monjas que tinham obtido diplomas universitários, estavam lecionando na escola do mosteiro e continuavam na velhice a exercitar suas mentes, de forma constante, enfrentando novos desafios, viviam mais e resistiam melhor ao mal de Alzheimer do que as monjas que tinham níveis inferiores de educação formal e passavam a maior parte do tempo limpando os quartos ou preparando as refeições. “A conclusão de Snowdon e a de outros cientistas que estudaram o envelhecimento do cérebro, é que qualquer atividade intelectualmente provocante estimulará o crescimento dendrítico, aumentando o número de conexões neurais no cérebro.”

Fragmento extraído de Ratey, John J. O cérebro – Um guia para o usuário.  Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.