quinta-feira, 24 de março de 2016

Crianças diagnosticadas com TDAH podem ser apenas ‘imaturas’


Estudo aponta relação entre mês de nascimento e diagnósticos do transtorno


RIO — O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é diagnosticado em crianças que manifestam sinais de instabilidade para manter a concentração, os níveis de atividade e controlar a impulsividade, o que em muitos casos acarretam baixo desempenho escolar. Estimativas apontam que em alguns países do Ocidente, até 15% das crianças são diagnosticadas com o transtorno, sendo que as causas ainda são desconhecidas. Entretanto, um novo estudo sugere que a imaturidade esteja influenciando o alto número de diagnósticos.
Pesquisadores do Hospital Geral para Veteranos de Taipei, em Taiwan, examinaram dados de 378.881 crianças com idades entre 4 e 17 anos, entre 1997 e 2011, para avaliar a prevalência do diagnóstico e prescrição de medicamentos para TDAH. A análise dos dados apontou um resultado interessante: o mês de nascimento está relacionado com a incidência de casos. Apenas 2,8% dos meninos e 0,7% das meninas nascidos em setembro são diagnosticadas com TDAH, contra percentuais de 4,5% dos meninos e 1,2% das meninas que nascem em agosto.

“A idade relativa, como indicador de maturidade neurocognitiva, pode ter papel crucial no risco de ser diagnosticado com TDAH e receber medicação entre crianças e adolescentes”, afirma o estudo, publicado nesta quinta-feira na revista científica “Journal of Pediatrics”.
Segundo Mu-Hong Chen, líder do estudo, a explicação é simples. Em Taiwan, a data de corte para a entrada na escola é 31 de agosto. Por isso, crianças que em setembro frequentam a mesma classe escolar que outras, quase um ano mais novas, que nascem em agosto. E a dificuldade no desempenho escolar, motivo que leva muitos pais a procurarem ajuda médica, seria uma questão de maturidade, não um transtorno mental.
— Nossas descobertas enfatizam a importância de se considerar a idade da criança e a série escolar quando se diagnosticar TDAH e prescrever medicamentos — disse Chen.
De acordo com o Instituto TDAH, baseado nos EUA, a prevalência do transtorno no mundo está entre 5,29% e 7,1% entre crianças e adolescentes.




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Professor reserva 10 minutos de aula para elogiar e estimular alunos

Longe da lista de chamada ou de um novo conteúdo a ser apresentado aos alunos, professor decidiu começar as próprias aulas de forma distinta: elogiando e estimulando os estudantes

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Um dos professor da escola Mainspring Academy, na cidade de Jacksonville, Flórida, o norte-americano Chris Ulmer decidiu começar as próprias aulas de forma distinta. Longe da lista de chamada ou de um novo conteúdo a ser apresentado aos alunos, Ulmer reserva os 10 minutos iniciais da aula para elogiar e estimular os estudantes.
Eu gosto de ter você na minha classe. Eu acho que você é muito engraçado. Você é um grande jogador de futebol. Todos aqui amam você“, diz o professor em determinado momento do vídeo a um dos oito garotos com necessidades especiais que são atendidos pela escola.
Com a autorização dos pais das crianças, diariamente Ulmer publica em uma página no Facebook o vídeo da conversa com os alunos. O objetivo do professor é estimular o sentimento aceitação não apenas por parte dos alunos, mas de outros estudantes, membros da escola e pelas próprias famílias dos garotos.
Todos eles vieram de um ambiente de segregação. Agora eles estão participando de atividades escolares, interagindo na frente de centenas de outras crianças“, disse o professor em entrevista ao site da rede ABC. Além dos vídeos, no Facebook o professor disponibiliza grande parte dos trabalhos, músicas e apresentações dos alunos.
Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2016/02/professor-reserva-10-minutos-de-aula-para-elogiar-e-estimular-alunos.html